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Contato social é uma necessidade tão básica como comer e dormir

A conexão social é um comportamento humano tão importante para a saúde quanto outras necessidades básicas, como comida e sono. Isso é o que mostra o mais novo estudo sobre interações sociais feito por pesquisadores na Universidade de Harvard, nos EUA.

Além disso, a incapacidade de se envolver em interações sociais frutíferas é um dos aspectos mais debilitantes de doenças mentais como autismo, depressão e esquizofrenia

Para entender a necessidade de interação social, os cientistas mapearam as conexões e o cérebro de camundongos em diversas simulações de interações entre si. A abordagem utilizada no estudo foi contrária à convencional, que enfatiza a natureza gratificante do comportamento social.

Assim, ao invés de focar no desejo de se sentir bem com a recompensa (pela liberação de dopamina, oxitocina e serotonina) durante a interação social, os pesquisadores focaram no desejo “de não se sentir mal”. O resultado foi que a equipe identificou neurônios que disparam impulsos associados à experiência aversiva.

Importância de ter conexões saudáveis

  • O contato social reduz o estresse e a ansiedade. Ajuda ainda a diminuir os sentimentos de solidão e isolamento, e a reduzir os sintomas de depressão.
  • A interação com outras pessoas ajuda na melhoria da saúde mental, pode melhorar o humor e fazer você se sentir mais feliz.
  • O convívio coletivo promove uma sensação de segurança. O contato social pode promover uma sensação também de pertencimento e proteção.
  • As pessoas com mais interações sociais e com um maior ciclo de amigos têm menor possibilidade de desenvolver demência ao envelhecer.

Os pesquisadores também observaram como as entradas sensoriais (informações recebidas pelos estímulos sensoriais) contribuem para a necessidade social dos camundongos. O resultado final sugeriu que a estimulação por toque é indispensável para o cumprimento dessa necessidade.

Para o líder da equipe de cientistas, Ding Liu, isso pode ter relevância direta para os humanos. Principalmente, em um mundo onde as pessoas estão sobrecarregadas pela internet. “O toque é uma coisa que está faltando.”

“Nós nos abraçamos, apertamos as mãos e em relacionamentos íntimos, temos até mesmo mais comportamento baseado no toque”, explica Ding Liu, pesquisador de pós-doutorado no Departamento de Biologia Molecular e Celular e no Centro de Ciência do Cérebro na Universidade de Harvard.

Segundo o pesquisador Mostafizur Rahman, saber o “porque é preciso se socializar” ajuda a entender os fundamentos biológicos e psicológicos do comportamento humano. “Ao explorar essas raízes, podemos entender melhor como os laços sociais influenciam nossa saúde mental e relacionamentos com os outros”, ressalta.

Ding Liu (à direita), pesquisador de pós-doutorado no laboratório de Catherine Dulac (à esq.) Foto: Veasey Conway / Harvard University.

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