Vida Selvagem: foto vencedora levou 10 anos para ser feita
O prêmio Fotógrafo de Vida Selvagem 2025 teve como vencedora a imagem de uma rara hiena-marrom vagando por uma “cidade fantasma” de mineração de diamantes, na Namíbia. O fotógrafo Wim van den Heever, da África do Sul, levou dez anos para fazer o registro.
Ele instalou armadilhas fotográficas pelos restos da cidade, após notar os rastros do animal na área. A hiena-marrom é a mais rara de todas as espécies de hienas — tem hábito noturno e costuma viver solitária.
Ver um animal desse tipo é um evento incomum, tornando o registro ainda mais valioso. “Finalmente consegui esta imagem única de uma hiena-marrom, no quadro mais perfeito que se poderia imaginar”, comemorou.

Para Kathy Moran, presidente do júri, a imagem mostra como a vida selvagem repovoou uma cidade abandonada pelos humanos. Akanksha Sood Singh, membro do júri, acrescentou que a “imagem é uma justaposição assustadora da civilização humana selvagem em recuperação”.
A cerimônia de premiação foi nesta semana, no Museu de História Natural de Londres. Ao todo, foram 19 fotos escolhidas entre um recorde de 60.636 inscrições de 113 países e territórios
Prêmio Impacto
O fotógrafo brasileiro Fernando Faciole também foi destaque e recebeu o Prêmio Impacto, retratando um filhote órfão de tamanduá-bandeira seguindo seu cuidador em um centro de reabilitação de animais em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A foto simboliza a relação de confiança e reconstrução entre humanos e animais vítimas de ameaças humanas. A mãe do filhote morreu ao ser atropelada — uma das principais causas do declínio da espécie no país.


Jovem Fotógrafo
O fotógrafo italiano Andrea Dominizi venceu a categoria Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem, para participantes com até 17 anos, ao retratar um besouro-longicorniano.
O inseto sobre um tronco cortado parece estar examinando máquinas madeireiras abandonadas nas montanhas Lepini, na Itália. O local era fonte de extração de madeira, devido às suas árvores antigas.

Fonte: com informações de Sara Echeverry para o Museu de História Natural de Londres.
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