À medida que a conscientização sobre saúde mental aumenta, também intensificam-se as conversas sobre que tipos de tratamento as pessoas não toleram, ou não deveriam tolerar, no ambiente de trabalho em troca de um salário.

Ao contrário das gerações passadas, os jovens que entram no mercado de trabalho estão menos propensos ao que pode ser caracterizado como “locais de trabalho tóxicos”.

Isso inclui a geração Y (com nascidos entre 1980 e 1994) e a geração Z (entre 1995 e 2010), que cresceram em um mundo cada vez mais digital, globalizado e impactado por avanços tecnológicos, mudanças sociais e econômicas.

“Estão menos dispostas a suportar comportamentos de intimidação de colegas e gerentes e são melhores em estabelecer limites”, diz Jennifer Tosti-Kharas, professora de comportamento organizacional do Babson College, instituição referência mundial em empreendedorismo.

Jennifer explica que conflitos e relacionamentos difíceis podem ser inevitáveis ​​em qualquer ambiente de trabalho. Mas há uma diferença entre um desentendimento ocasional e abuso persistente.

“O que torna algo tóxico é algo mais disseminado, mais consistente ao longo do tempo”, diz. “Você pode ter tentado algumas coisas e não está melhorando… Está profundamente enraizado.”

Pessoas que gritam não são o único tipo de colegas e supervisores tóxicos. Existem formas mais silenciosas de toxicidade, como o comportamento passivo-agressivo de líderes que usam sarcasmo, elogios indiretos, críticas indiretas e exclusão para controlar seus funcionários.

Para identificar um ambiente potencialmente tóxico ao se candidatar a um novo emprego, siga sua intuição e considere os sinais de alerta. Por exemplo, anúncios frequentes para a mesma vaga podem refletir alta rotatividade resultante de um ambiente negativo. Você também pode pesquisar avaliações de funcionários online.

Expresse suas preocupações

Se você se encontrar em uma situação de trabalho tóxica, conversar sobre isso com um amigo de confiança ou um terapeuta profissional pode ajudá-lo a processar o que está acontecendo. Isso também ajudará a desenvolver um plano para lidar com a situação, em vez de deixar que as coisas se agravem em sua mente.

Ao ser vítima de toxicidade, é importante considerar se o comportamento ofensivo diz mais sobre a pessoa que o perpetua do que sobre você. Muitas pessoas tóxicas usam cortinas de fumaça para esconder suas deficiências.

Diante da insegurança em relação ao papel de liderança ou medo de ser ofuscado, podem recorrer a minar os outros, fofocar ou sabotar projetos para recuperar a sensação de controle ou segurança.

Encontre uma saída

Se para você sair de um ambiente tóxico não for financeiramente possível ou se quiser tentar tornar suas circunstâncias mais suportáveis, pode ser uma opção pensar em explorar maneiras de limitar sua interação com a parte difícil.

As possibilidades podem incluir negociar uma função que coloque distância entre você e a pessoa tóxica, como trabalhar em turnos diferentes ou em projetos diferentes.

Você também pode definir prazos para evitar que as coisas piorem. Por exemplo:

• Esperar duas semanas para saber se haverá alguma melhora.

• Refletir se existe alguma maneira interna de mudar as circunstâncias.

• Pedir a opinião de outra pessoa.

Anotar os detalhes de interações problemáticas conforme acontecem e manter cópias de mensagens inapropriadas ou gravações de reuniões (aprovadas pelos participantes) pode ser útil se o departamento de recursos humanos se envolver.

Embora a maioria das pessoas não pode se dar ao luxo de deixar o serviço sem ter outro disponível, em situações extremas, é melhor procurar outro emprego.

Reservar um tempo para se candidatar a diferentes empregos é difícil quando você se sente pressionado, mas também é fortalecedor e pode levar a uma situação melhor.

Fonte: com informações Cathy Bussewitz, escreve sobre ambiente de trabalho, questões trabalhistas e bem-estar na Associated Press.