Tartarugas marinhas ameaçadas de extinção mostram sinais de recuperação
Em mais da metade do mundo, onde enfrentam problemas de extinção, as populações de tartarugas marinhas mostram sinais de recuperação. Os dados são de uma nova pesquisa global que analisou 48 grupos de indivíduos da mesma espécie.
Os cientistas mediram os impactos de ameaças como caça, poluição, desenvolvimento costeiro e mudanças climáticas sobre os animais marinhos. Em geral, as ameaças estão diminuindo na maioria das áreas estudadas.
Mais de 40% das 48 populações de tartarugas marinhas avaliadas são agora consideradas de baixo risco e ameaça. Uma melhoria drástica em relação aos 23% do ano de 2011, porém algumas espécies ainda preocupam.
As descobertas mostram que as populações de tartarugas marinhas no Oceano Atlântico têm maior probabilidade de se recuperar do que as das águas do Pacífico.
Apesar de ainda serem consideradas ameaçadas de extinção, as tartarugas-verdes mostram sinais de recuperação em muitas regiões do mundo. A exemplo de algumas específicas águas costeiras no México e nos EUA.
“Ao encerrar as capturas comerciais e dar-lhes tempo para se recuperarem, suas populações agora estão se saindo muito bem”, diz a coautora do estudo Michelle María Early Capistrán, pesquisadora da Universidade de Stanford que conduziu trabalho de campo em ambos os países.

As tartarugas-verdes são uma das espécies mais populares e reconhecidas no mundo, principalmente pela sua beleza. As fêmeas retornam à mesma praia onde nasceram para formar ninho, não importa quão longe estejam.
Sinal de alerta
Algumas espécies ainda deixam aceso o sinal de alerta. É o caso das tartarugas-de-couro, que não estão se saindo tão bem quanto outras espécies. Todas as sete regiões onde essas tartarugas são encontradas enfrentam altos riscos ambientais.
Essa espécie é conhecida por realizar as migrações marinhas mais longas conhecidas entre todos os animais. Alguns indivíduos nadam até 5.955 quilômetros em cada sentido.
Justamente por esse feito, essas tartarugas percorrem uma ampla faixa de regiões, podendo expô-las a riscos únicos.

A tartaruga-de-couro é a maior das espécies marinhas. Os adultos têm em média 1,83 e 2,2 metros de comprimento total e pesam entre 250 a 650 quilos. (foto: Brian J. Hutchinson/Oceanic Society)
Grande ameaça
Em todo o mundo, a grande ameaça continua sendo o problema da morte de tartarugas marinhas após ficarem acidentalmente presas em equipamentos de pesca.
Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para poupar esses animais marinhos, mas ainda precisam ser aceitas e usadas regularmente por diversas comunidades pesqueiras para serem eficazes.
Fonte: com informações Christina Larson, jornalista científica de Meio Ambiente Global.






