Nova Medicina Germânica, a cura integrativa entre mente, corpo e emoção
As doenças não são vistas como falhas do corpo, mas como respostas biológicas a choques emocionais não resolvidos. Com esta abordagem, a Nova Medicina Germânica oferece um tratamento ao paciente buscando a integração holística – entre mente, corpo e emoção.
“Toda doença tem origem em um choque biológico inesperado (chamado de DHS – Síndrome de Dirk Hamer), que ocorre quando a pessoa vive um conflito intenso, inesperado e vivenciado em solidão”, explica a terapeuta integrativa Priscilla Hartheman.
A partir desta emoção ou trauma vivido, a área cerebral correspondente é afetada. Consequentemente, o conflito gera adaptações no corpo, como inflamações, tumores, úlceras e outros problemas – de acordo com o tipo de tecido afetado.
Por isso, é fundamental o papel do terapeuta, que deve apurar detalhadamente o histórico emocional da pessoa a ser tratada. Ao paciente, cabe informar sobre os sinais corporais ou dores que sinta em algum órgão específico.
Nesta fase investigativa, deve haver uma forte relação de confiança entre terapeuta e paciente. “Criamos um espaço seguro e sem julgamentos, onde o cliente pode acessar memórias, emoções e traumas inconscientes”, diz Priscilla.
Com todas as informações apuradas, o terapeuta identifica o evento traumático ou choque emocional intenso que ocorreu antes do aparecimento dos sintomas.
Cada tipo de tecido e órgão está ligado a um tipo de conflito específico. O medo da morte, por exemplo, afeta diretamente os pulmões, enquanto a perda de autoestima reflete em problemas nos ossos.

Resolução do conflito
Após identificar o trauma emocional e a relação dos sintomas com o tipo de órgão afetado, o terapeuta conduz o cliente à resolução do conflito. “O terapeuta não cura, mas ajuda o cliente a se curar ao trazer consciência e ressignificação do conflito”, ressalta Priscilla.
A ressignificação e liberação emocional podem ser feitas por meio de escuta terapêutica, visualizações, integração emocional ou técnicas complementares como constelação, massoterapia, EFT ou outras abordagens.
Conforme explica a terapeuta, durante a fase de cura, quando o conflito é resolvido, o próprio corpo entra num processo natural de reparo. O paciente é avisado de que isso pode gerar sintomas como febre, dor, inflamação ou cansaço.
Como é feito o tratamento
O tratamento, na perspectiva da Nova Medicina Germânica, não utiliza medicamentos nem intervenções diretas no corpo. Vale ressaltar que o terapeuta não substitui médicos, mas trabalha complementarmente. “Oferecemos um olhar integrativo para a origem emocional dos sintomas e apoiamos o cliente em seu processo de autocura”, afirma Priscilla.
A quantidade de sessões no tratamento depende de cada caso. Pode variar conforme a intensidade do conflito e o tempo desde que o sintoma surgiu. Outro fator determinante é o nível de consciência emocional do cliente, além do apoio emocional e ambiente favorável à resolução.
“Algumas pessoas desbloqueiam um conflito em uma ou duas sessões, outras precisam de acompanhamento contínuo, principalmente em casos crônicos ou com múltiplos conflitos ativos”, diz Priscilla.
Cada sessão dura em média de 60 a 90 minutos, sendo feita em ambiente acolhedor, silencioso e com foco na escuta ativa.

Caso de sucesso
A terapeuta Priscilla lembra de um caso curioso que tratou. Uma profissional liberal de 38 anos, moradora em Campo Grande (MS) não tomava café há mais de 15 anos. Já havia buscado tratamentos médicos com remédios convencionais, mas nada disso adiantou.
Durante a primeira sessão, pela anamnese, foi identificado onde e quando ocorreu o início das dores emocionais e também se coincidia com uma determinada situação emocional mal resolvida.
Na segunda sessão, foi identificado o conflito, o qual estava relacionado ao café da manhã, envolvendo o cheiro de café e a mesa. “Ela havia pegado um pedaço de banana com canela e nesse momento ocorreu o conflito, identificamos gritos, palavrões e agressão física”, recorda Priscilla.
Já na terceira sessão, iniciou-se a ressignificação do conflito, usando técnicas de visualização guiada e integração emocional. Resultado: após três dias da terceira sessão, a cliente postou uma xícara de café em uma rede social, dizendo que voltou a tomar o delicioso cafezinho.
“Esse caso mostra como a escuta do corpo e das emoções pode transformar sintomas físicos em consciência e liberdade”, afirma Priscilla.

O médico, cientista e teólogo alemão Ryke Geerd Hamer desenvolveu os princípios da Nova Medicina Germânica, na década de 1980, ao identificar a correlação entre sintomas físicos, cérebro e sofrimento emocional.
Para Hamer, os sintomas considerados doenças são respostas do próprio organismo diante de um conflito biológico emocional. Assim, cada sintoma está relacionado a um trauma específico. (foto: Atle Møller/Sandefjords Blad)
Confira abaixo alguns exemplos de doenças e quantas sessões geralmente são necessárias para a cura. Importante lembrar que o número de sessões pode variar de acordo com cada caso.
Asma
- Conflito emocional: medo no território (geralmente relacionado ao lar) ou sensação de sufocamento emocional.
- Sessões estimadas: 3 a 6 sessões.
- A melhora pode ser rápida quando o gatilho é identificado com clareza.
Hipertensão
- Conflito emocional: conflitos de resistência, “luta constante”, pressão interna ou externa.
- Sessões estimadas: 4 a 8 sessões.
- A constância do conflito na rotina pode exigir um trabalho de mudança de hábitos e mentalidade.
Enxaqueca
- Conflito emocional: autocrítica intensa, sobrecarga mental, querer controlar tudo.
- Sessões estimadas: 2 a 5 sessões.
- Muitas vezes a dor cessa quando o cliente toma consciência da rigidez emocional.
Depressão
- Conflito emocional: perda de território, desvalorização profunda, sensação de impotência.
- Sessões estimadas: 6 a 12 sessões (ou mais, dependendo da complexidade).
- A Nova Medicina Germânica interpreta depressão como um conjunto de conflitos ativos e resolvidos – o terapeuta precisa avaliar camadas.
Dores nas articulações (ex: joelho, ombro)
- Conflito emocional: desvalorização em relação ao movimento, ao trabalho ou ao papel social.
- Sessões estimadas: 3 a 7 sessões.
- Associar com a fase da vida ou eventos (ex: “aposentadoria”, “perda de função”) acelera o processo de cura.
Câncer (diversos tipos)
- Conflito emocional: varia conforme o órgão afetado (ex: mama = conflito com o “ninho”; intestino = não aceitar uma situação).
- Sessões estimadas: depende da gravidade e fase, o processo pode levar várias sessões ao longo de meses, e deve ser acompanhado com suporte médico.
- A Nova Medicina Germânica entende o câncer como uma resposta biológica adaptativa a um conflito intenso.
Fonte: com informações Priscilla Hartheman, Terapeuta Integrativa, Massoterapeuta e doutorando em Psicanálise. Instagram: @terapeutapriscillahartheman






