Cinco exames indispensáveis para cada fase de vida da mulher
Apesar de serem mais atentas à saúde, muitas mulheres não conseguem manter uma rotina de cuidados. Especialistas listam exames preventivos fundamentais para evitar problemas no futuro. As mulheres costumam se preocupar mais com a saúde do que os homens, mas fatores como carga de trabalho excessiva e falta de tempo podem dificultar a adoção de hábitos saudáveis.
Segundo o estudo ELSA-Brasil, 40% das brasileiras não atingem a recomendação da OMS de 150 minutos semanais de exercícios físicos, aumentando o risco de doenças crônicas.
Diante desse cenário, os exames preventivos ganham ainda mais importância. “A sobrecarga e o estresse podem dificultar a manutenção de um estilo de vida saudável, tornando o check-up essencial para a detecção precoce de doenças”, explica a endocrinologista Dalva Gomes.
A seguir, especialistas listam cinco exames fundamentais para a saúde da mulher em diferentes fases da vida.
◾ Papanicolau e colposcopia
Essenciais para a prevenção do câncer de colo do útero, esses exames identificam lesões precursoras, infecções e a presença do HPV, principal causador da doença.
• Indicado para todas as mulheres entre 25 e 64 anos que já iniciaram a vida sexual.
• Deve ser realizado anualmente ou conforme recomendação médica.
◾ Mamografia e ultrassonografia mamária
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, e a detecção precoce aumenta as chances de tratamento bem-sucedido.
• A mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos, ou antes, se houver histórico familiar.
• A ultrassonografia mamária complementa o diagnóstico, especialmente para mulheres com mamas densas.
“A mamografia também detecta cistos e outras alterações mamárias. Mulheres com histórico familiar devem iniciar o rastreamento entre 30 e 35 anos, conforme avaliação médica”, explica a radiologista Letícia Gonçalves.

◾ Exames hormonais e avaliação da tireoide
Os hormônios desempenham um papel fundamental na saúde feminina, e desequilíbrios podem afetar o metabolismo, o humor e a fertilidade.
• A avaliação da tireoide (TSH e T4 Livre) é indicada especialmente para mulheres acima dos 40 anos.
• Outras alterações comuns incluem resistência à insulina e diabete tipo 2, que devem ser monitoradas no check-up.
“O hipotireoidismo pode ser silencioso e se desenvolver gradualmente. Muitas mulheres só percebem os sintomas quando já há impactos significativos na qualidade de vida”, alerta a endocrinologista Dalva.
◾ Densitometria óssea
A osteoporose é uma preocupação importante para as mulheres, especialmente após a menopausa. Esse exame avalia a densidade mineral óssea e o risco de fraturas.
• Indicado a partir dos 50 anos, mesmo para mulheres sem menopausa.
• Deve ser realizado antes caso haja fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, baixa exposição solar e consumo excessivo de álcool.

◾ Check-up cardiovascular
As doenças do coração são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil, superando até o câncer. Os fatores de risco incluem menopausa, hipertensão, diabete e complicações na gravidez.
• O check-up cardiológico deve começar aos 40 anos para mulheres sem fatores de risco.
• Para quem tem histórico familiar, obesidade ou hipertensão, a avaliação deve ser feita mais cedo e com maior frequência.
Os exames incluem:
• Colesterol e glicemia: monitoramento básico do risco cardiovascular.
• Ecocardiograma: avalia a estrutura e a função do coração.
• Tomografia de coronárias: detecta precocemente a aterosclerose.
• Teste ergométrico: analisa o comportamento do coração durante o esforço físico.
“O uso de anticoncepcionais combinados ao tabagismo pode aumentar os riscos cardiovasculares. Mulheres devem conversar com um especialista para avaliar a melhor estratégia de prevenção”, ressalta a cardiologista Fernanda Erthal.
Prevenção faz toda a diferença
Com exames simples e acompanhamento médico regular, é possível prevenir ou diagnosticar precocemente diversas doenças. Manter um check-up atualizado é um dos maiores investimentos que a mulher pode fazer em sua própria saúde e qualidade de vida.
Fonte: com informações Brazil Health.






