Grupo de arqueólogos anunciou um plano audacioso para resolver um dos maiores mistérios da tradição bíblica: a existência da lendária Arca de Noé. A equipe iniciou o processo para uma investigação aprofundada de uma formação geológica na Turquia, onde há suspeita de que a arca esteja enterrada.

A estrutura geológica, chamada Formação Durupinar, tem 163 metros de comprimento e fica a cerca de 35 quilômetros ao sul do Monte Ararat, próximo à fronteira com o Irã. A dimensão da formação coincide com as medidas da arca, descritas na Bíblia.

A área é composta pelo minério de ferro limonita. Testes de solo realizados recentemente forneceram dados promissores. Os resultados demostraram características compatíveis com a decomposição de madeira abaixo do solo.

Os próximos passos incluem varreduras por radar e outras tecnologias, além de perfurações para coleta de amostras em profundidade e a inserção de câmeras para visualizar o interior da formação sem a danificar.

“Nossa prioridade é preservar a área. Só após reunirmos evidências suficientes e estabelecermos um plano de preservação adequado, iniciaremos as escavações”, afirmou o principal pesquisador do projeto, Andrew Jones, para o jornal britânico The Sun.

“Até agora, os resultados reforçam nossas teorias. Os testes indicam que esta formação não é apenas uma parte do fluxo de lama, é algo distinto”, celebrou Jones.

Conforme o pesquisador, o projeto Noah’s Ark Scans caminha com cautela, mas com grande expectativa. Caso confirmada, a descoberta pode se tornar uma das mais importantes da arqueologia moderna.

Textos religiosos

A narrativa da Arca de Noé está nos textos religiosos do cristianismo e do islamismo, relatando um grande dilúvio, um barco e um desembarque em uma região montanhosa.

Pela Bíblia, Deus deu ao patriarca Noé as instruções para construir a arca sete dias antes do dilúvio. O profeta então entrou na embarcação com sua família e os animais e navegou até o recuo das águas, encalhando no Monte Ararat.

Arca de Noé retratada em pintura de óleo sobre tela feita em 1846 pelo artista Edward Hick, pintor popular americano e distinto ministro cristão.

Moradores da vila próxima apontam para o sítio arqueológico de Durupinar, que eles chamam de Al-Judi, como um possível ponto de desembarque da arca.

O comprimento da formação geológica Durupinar se alinha perfeitamente com as dimensões da arca, conforme descrito em Gênesis 6:15 da Bíblia.