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Comportamento obsessivo que você precisa evitar ao procurar um amor

Não é incomum conhecer alguém e se apaixonar perdidamente, achando que é amor. Mas quando a euforia desaparece, especialmente se as coisas terminam mal, o rescaldo pode deixar você cambaleando.

Esta é a consequência do fenômeno chamado limerência, um estado emocional que tudo consome – pensamentos obsessivos, dependência afetiva e uma necessidade desesperada de reciprocidade.

Especialista em relacionamentos, o psicólogo americano Mark Travers, recentemente, publicou um artigo muito aprofundado sobre o tema.

Mark explica que a limerência pode transformar o amor tanto em uma euforia quanto em uma luta exaustiva. “Quanto mais profundo seu apego, mais forte se torna o medo de perder, prendendo você em um ciclo de ansiedade e desespero”.

Para quem não sabe lidar com este tipo de situação, o especialista esclarece sobre dois motivos pelos quais isso acontece e como se libertar antes que tome conta de você.

Apego ansioso

O primeiro motivo diz respeito ao apego ansioso. Em um relacionamento saudável e amoroso, seu humor não depende inteiramente do parceiro. Mas, na limerência, o comportamento dele dita como você se sente.

Uma mensagem com um elogio doce faz seu dia, te levando às nuvens. Por outro lado, uma simples mensagem ignorada pode estragar totalmente o seu humor.

Este intenso estado emocional se alinha com o conhecido amor desesperado ou apego ansioso “fusional”. Isso envolve o desejo avassalador de se fundir com outra pessoa enquanto se sente profundamente inseguro sobre o relacionamento.

Aqueles com este estilo de apego lutam com a separação e podem reagir com emoções intensas como tristeza, apego, raiva ou até mesmo agressão.

Viver neste estado emocional descontrolado e inseguro pode fazer de cada interação, um teste de comprometimento do seu parceiro.

Você entra em estado de vigilância constante e fica hiper consciente de sinais sutis de rejeição – textos atrasados, mudanças de tom – alimentando pensamentos obsessivos e sofrimento emocional.

(foto: Alexander Grey 13/Unsplash)

Mentalidade de escassez

Outro ponto fundamental que alimenta este estado emocional desenfreado é a escassez.

Com o mito generalizado de que parceiros de qualidade estão desaparecendo, é fácil cair na armadilha de acreditar que o relacionamento atual é sua única oportunidade de amar.

Essa sensação de escassez também pode ser impactada por relacionamentos anteriores. Se você teve uma relação que terminou mal, pode se agarrar desesperadamente a uma nova conexão, temendo que ela possa ser a última.

E, justamente, quando movido pelo medo em vez de uma conexão genuína, você corre um risco de confundir obsessão com amor. O terror de estar sozinho pode fazer você se fixar em alguém, interpretando intensidade como paixão.

O psicólogo Mark Travers sugere quatro perguntas para descobrir se você está preso na limerência.

  • Eu sou obcecado por eles a ponto de negligenciar minha própria vida?
  • Meu humor muda drasticamente com base na atenção deles?
  • Eu me sinto inútil sem a validação deles?
  • Estou sacrificando minhas necessidades só para mantê-los por perto?

Se isso ressoar, você provavelmente está escolhendo parceiros com base no medo, em vez de compatibilidade.

(foto: Freepik)

Contudo, há maneiras de superar essa mentalidade, mesmo quando você está com medo de perder alguém. Vamos saber como.

◼️ Reformule seus medos. Escreva seu pior cenário. Você pode pensar “se terminarmos, ficarei sozinho para sempre”. Agora desafie se isso é verdade ou o medo está distorcendo a realidade?

Também é importante mudar de uma mentalidade de escassez para abundância para lutar contra seus medos. Lembre-se de que você tem muitas oportunidades de encontrar um amor.

◼️ Recupere sua independência. Invista em si, construa novas habilidades e cultive as amizades. Também é essencial desvincular seu valor da aprovação das outras pessoas. A confiança deve vir de dentro, não da validação de outros.

◼️ Estabeleça limites. É importante perceber quando está se doando demais nos relacionamentos. Você não deve abandonar as suas próprias necessidades. Relacionamentos saudáveis ​​ prosperam na confiança, não no controle.

Por isso, pratique tolerar a incerteza quando outra pessoa estiver envolvida, para que você também respeite os limites dela.

Quando você deixa de lado o medo de perder alguém que mal conhece, você cria espaço para um amor que parece fundamentado, não desesperado. Esse é o tipo de amor que vale a pena manter.

Mark Travers, PhD, psicólogo americano formado pela Universidade Cornell e pela Universidade do Colorado em Boulder. Além de psicólogo-chefe da Awake Therapy, é colaborador regular da Forbes, Psychology Today e Therapytips.org, onde escreve sobre relacionamentos, felicidade, personalidade e significado da vida.

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