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Pesquisador brasileiro conquista Nobel do meio ambiente

O professor e antropólogo brasileiro, Eduardo Brondízio, receberá o Prêmio Tyler 2025, que ao nível mundial é conhecido como o Nobel do meio ambiente. A honraria será compartilhada com a ecologista argentina Sandra Díaz.

O brasileiro realiza pesquisas sobre a Amazônia há 35 anos e atua como uma voz internacional sobre a importância da valorização das comunidades ribeirinhas e dos povos tradicionais na conservação ambiental.

– Compreender as lutas socioeconômicas do povo amazônico é fundamental para resolver os aspectos ambientais e climáticos que afetam o bioma.

(foto: Wirestock/Freepik)

Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador falou sobre o prêmio e da situação da Amazônia. Para ele, é fundamental haver uma interação entre desenvolvimento regional, mudanças ambientais e comunidades rurais na região. Só assim, para conseguir respostas e ações coletivas eficazes para o desenvolvimento e a preservação na região. 

“Os problemas ambientais e sociais da Amazônia oferecem um espelho da situação global onde mudanças climáticas, degradação da biodiversidade e desigualdades sociais se autorreforçam”, disse Eduardo.

Na sua avaliação, porém, visto de um contexto global, este é um momento importante para a Amazônia. Isso porque o Brasil e países vizinhos foram palcos de avanços importantes nos últimos 30 anos.

Como exemplo, ele cita a criação de áreas protegidas, demarcação de terras indígenas e criação de áreas de uso sustentável – que englobam, no Brasil, cerca de 45% da região.

“Esse avanço conseguiu garantir direitos para as comunidades e tem sido fundamental em bloquear, pelo menos parcialmente, a expansão do desmatamento e das queimadas”, comenta Eduardo.

Premiação

A cerimônia de premiação será em 10 de abril de 2025, em Los Angeles. O brasileiro e a argentina são os primeiros sul-americanos reconhecidos com o prêmio, em 52 anos de história. 

Embora tenham recebido indicações independentes, a dupla trabalhou em conjunto no comando de um grande relatório de avaliação de biodiversidade publicado pelas Nações Unidas. O levantamento revelou que mais de 1 milhão de espécies estão em risco de extinção.

Atualmente, Eduardo Brondízio leciona a disciplina de antropologia ambiental na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e é associado no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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