Março Azul: câncer de intestino pode ser curado em 95% dos casos precoces
No mês do Março Azul é lembrado o combate ao câncer colorretal, tumor maligno que surge no intestino. Este tipo de câncer em geral é silencioso, mas tem alto potencial de prevenção e, quando detectado precocemente, as chances de cura podem chegar a 95%. Nesta matéria, vamos saber sobre sintomas, formas de prevenção e caminhos para o tratamento.
Conforme o médico coloproctologista Romualdo da Silva Corrêa, do Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal (RN), o câncer de intestino afeta mulheres e homens, embora o risco de desenvolver a doença seja relativamente maior nos homens.
O que chama a atenção é que nos últimos anos houve o aumento de novos casos em pacientes jovens, com menos de 50 anos. Por isso, a importância do diagnóstico precoce.
“Quando diagnosticado em fases iniciais, pode haver cura em até 95% dos casos com o tratamento adequado, ou seja, não espere surgir algum sintoma para ir ao médico. Procure assistência para começar a sua prevenção a partir dos 40 anos”, alerta Romualdo.
A origem deste câncer é multifatorial, podendo envolver fatores genéticos, idade, hábitos (estilo) de vida, doenças ou condições clínicas predisponentes. Os principais sintomas são: sangramento nas fezes ou nas evacuações; mudanças no ritmo intestinal; dor abdominal; perda de peso; anemia; sensação de defecação incompleta; e urgência para defecar.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil em cada ano do triênio 2023/2025. Esse está entre os três tipos de câncer que mais matam, tanto homens quanto mulheres.

Prevenção com avaliações e exames
O médico Romualdo da Silva alerta que o câncer de intestino só apresenta sintomas quando em fases mais avançadas. Por isso, não se deve esperar o surgimento dos sintomas para procurar um médico.
O ideal é que toda a população procure assistência médica a partir dos 45 anos. Mesmo quem não tenha histórico familiar de câncer. A prevenção vem com avaliações e exames como: colonoscopia, colonoscopia virtual (menos invasiva) e pesquisa de sangue oculto nas fezes.
A estratégia de tratamento depende principalmente do estágio de desenvolvimento do câncer. Em casos iniciais, pode ser tratado com técnicas minimamente invasivas, como a colonoscopia intervencionista ou a cirurgia endoscópica, sem a necessidade de quimioterapia ou outras terapias sistêmicas.
No entanto, conforme o estadiamento do paciente, pode ser preciso cirurgia minimamente invasiva ou não. O tratamento pode envolver também quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, radioterapia e ablação tumoral – um tratamento minimamente invasivo que destrói tumores sem a necessidade de cirurgia.
Fonte: com informações da Agência Brasil.






