Estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, revelou um comportamento curioso entre ratos. Ao perceberem seus companheiros inconscientes (após sedação) os pequenos roedores tentaram reanimar com patadas, mordidas e puxões de língua, parecido com uma respiração boca a boca.

Durante a pesquisa, ratos de laboratório foram sedados e colocados em gaiolas com outros da mesma espécie. Ao perceber o companheiro inconsciente, o rato acordado tratou de ajudar, na tentativa de reanimar o roedor combalido.

Os animais começaram cheirando e limpando o animal inconsciente até chegar a interações físicas mais intensivas, como lamber os olhos e puxar a língua do parceiro que não respondia.

Em um dos testes, uma pequena bolha de plástico foi introduzida na boca do animal sedado. O rato que prestava socorro retirou a bolha, garantindo que o outro voltasse a respirar.

O resultado da pesquisa sugere que o comportamento de ajuda pode ser instintivo. Isso porque os animais testados tinham apenas 2 a 3 meses de vida, e nunca tinham presenciado este tipo de situação antes.

Ao perceber companheiro inconsciente, o rato imediatamente agiu para tentar reanimar. Após cheiros e lambidas foi realizado um movimento parecido com a respiração boca a boca, típico procedimento feito por humanos durante os primeiros-socorros. (Crédito da foto: Wenjian Sun)

A descoberta abre caminho para novos estudos sobre o comportamento coletivo e os instintos de cuidado entre indivíduos da mesma espécie no reino animal. Cientistas já sabem que chimpanzés, golfinhos e elefantes apresentam comportamentos semelhantes de cuidado.